pexels-anna-shvets-5257551

E o que é essa tal de Psicoterapia?

Toda vez que você tem uma dor ou um desconforto intenso em seu corpo (físico), você já conhece o caminho a ser percorrido, não é mesmo? “Hum… preciso marcar uma consulta médica!”. Clínico Geral? Cardiologista? Geriatra? O objetivo é simples: investigar e descobrir o que está acontecendo e realizar um tratamento em busca do reestabelecimento de um melhor estado de saúde.

Pois bem, eu acredito que, como seres humanos, somos infinitamente mais que um corpo físico e, sendo assim, há tantos outros aspectos que precisam (e devem) ser cuidados. Há outras dores que também gritam por meio do nosso corpo. Há dores que se traduzem em tristezas intensas e lágrimas excessivas ou em preocupações exageradas e batimentos cardíacos ansiosos ou até mesmo em mágoas arrastadas, culpas pesadas e medo, muito medo. Há, ainda, as dores trazidas por aquilo que chamamos de perdas (confesso que não gosto muito dessa palavra): limitações, mudanças, saudade… Ah, são tantas dores! E por que não olhamos para esse pedaço (inteiro) de nós? Ou por que “fingimos” que esses sentimentos não existem? (E essas reflexões renderiam uma outra boa conversa…).

Em resumo: o psicólogo é o profissional que nos ajuda a cuidar dessas dores outras, que nos auxilia quando nossas emoções estão em desequilíbrio. É como um guia, um facilitador que ajuda a nos (re)conhecer genuinamente e a chegar até: nós mesmos!

E o acompanhamento psicológico – a psicoterapiaé o espaço para que tudo isso seja possível, um espaço de escuta atenta e cuidadosa, livre de julgamentos e completamente sigiloso para que, por meio da fala, da reflexão e de manejos terapêuticos, possamos mergulhar na nossa própria história de vida e, artesanalmente, (re)costurar os nossos retalhos, na possibilidade de dar novos sentidos à nossa história.

Na prática: é um processo que envolve disponibilidade e vulnerabilidade e que costuma ocorrer em sessões semanais em um horário agendado conforme a sua possibilidade. Pode ser feito de forma presencial ou on-line*. Ah, é importante lembrar que aqui não falamos de previsibilidade, guias, passos ou quaisquer coisas afins. Afinal, somos muito preciosos para cabermos em um tiquinho pequeno de tempo e espaço, não acham?

 

* modalidade de atendimento regulamentado desde maio de 2018 – resolução nº 11 de 11 de maio de 2018 do Conselho Federal de Psicologia. Devido à pandemia COVID-19, implementou-se a Resolução nº 4 de 26 de março de 2020, com o objetivo de assegurar as melhores práticas nesse setor.

Compartilhe: